sexta-feira, 11 de agosto de 2017

"A correria humana que dificulta hábitos alimentícios saudáveis"

Nós, humanos do século XXI, estamos sempre correndo. O engraçado é que, quanto mais corremos, mais ganhamos peso. Isso ocorre porque, por estarmos sempre com pressa e compromissos demais, nunca há tempo para nada além de correr para o trabalho ou para a escola. Não há tempo, inclusive, para fazermos uma refeição de qualidade. Na maior parte do tempo, decidimos parar em alguma lanchonete ou em algum restaurante que leva cinco minutos para preparar uma refeição hipercalórica e nem um pouco nutritiva. Mas, pelo menos é rápido, certo? O problema é que, com essa mudança drástica no ambiente social, a obesidade cresceu demasiadamente e a população, hoje, sofre com suas consequências.

A nossa correria se associa, em grande parte, com o aumento do salário mínimo em muitos países, como no Brasil. Nós começamos a ganhar mais por nossos trabalhos, ao mesmo tempo em que os supermercados sofreram uma inversão nos preços de seus produtos. Seguir uma alimentação regrada tornou-se, então, tanto um desafio econômico em vista da alta nos preços de alimentos adequadamente nutritivos, quanto um desafio pessoal decorrente da falta de tempo. Desta forma, as pessoas comem o que está ao alcance, o que nem sempre é algo saudável.

 Todas as causas listadas sobre o aumento da obesidade estabelecem consequências cruéis à saúde humana. Percebo, em todos os hospitais que trabalho, que o aumento da obesidade está diretamente ligado ao aumento de doenças crônicas, como as cardiovasculares, a hipertensão, a diabetes tipo 2, entre outras. Essas mesmas doenças, leitor, são as principais causas de morte entre adultos no Brasil.

Concluo, diante da minha vivência na área da saúde, que a primeira forma de combate a esse mal que perturba a sociedade é a ação estatal imediata no apoio a produtores agrícolas. O incentivo do Estado na agricultura poderá significar uma maior produção e uma consequente diminuição nos valores dos produtos nutritivos, tornando-os mais acessíveis à massa social. Além disso, o estabelecimento de leis que proíbam a venda de alimentos hipercalóricos nas escolas e programas sociais para incentivar melhores hábitos nutricionais é essencial. A correria do nosso dia a dia não deve influenciar no bem-estar do nosso corpo. É o que dizem, pois corpo são, mente sã.



Artigo de opinião escrito aluna Luiza Ranuzzi da 3ª série "A" – Ensino Médio 

*Esse texto faz parte de projeto desenvolvido pela Professora Dra. Priscila Toneli na Área de Linguagens e Códigos, coordenada pelo Professor Abimael.

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