quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Produção de texto Coletiva - "O Baile de Carnaval"

Produção de texto coletiva - "O Baile de Carnaval" do 2º ano 'B' - Professora Karla.

O Baile de Carnaval foi no salão de festas do clube. Estava muito animado!
Estavam todos fantasiados e usando máscaras.
Muita música, confetes e serpentinas. Todos estavam alegres, pois o Carnaval é só alegria!


*Acompanhe as produções coletivas dos 2ºs anos sobre o Carnaval, aqui no Blog CNSD: dia 28/02 do 2º ano 'A' - 29/02 do 2º ano 'B' e 01/03 do 2º ano 'C'.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Produção de texto coletiva - "O Baile de Carnaval"

Produção de texto coletiva - "O Baile de Carnaval" do 2º ano 'A' - Professora Cássia Mara.

Ana e Gabriel estão no baile de Carnaval. Ana está fantasiada de fada. Gabriel está fantasiado de homem-aranha.
Eles estão dançando juntos e se divertindo. Eles formam um belo casal! O Carnaval está muito alegre e eles estão felizes.


*Acompanhe as produções coletivas dos 2ºs anos sobre o Carnaval, aqui no Blog CNSD: dia 29/02 do 2º ano 'B' e 01/03 do 2º ano 'C'.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Lição de casa: um dever para todo dia

Qual a importância da lição de casa? Quanto tempo o aluno deve se dedicar aos estudos fora da sala de aula? É mesmo fundamental haver lição de casa todos os dias? Como os pais devem ajudar nas tarefas? O que fazer quando o estudante tem dificuldade para fazer os exercícios propostos pelos professores? Essas são algumas dúvidas que atormentam tanto os estudantes quanto seus pais no dia a dia da escola. Lição de casa é um assunto sempre controverso, pois escolas diferentes seguem procedimentos distintos. O importante é que tanto alunos quanto pais saibam que a rotina de estudos não acaba na porta da escola, após quatro ou cinco horas diárias de aula. Em casa, o estudo deve continuar, sob a forma da lição de casa - também chamado de dever de casa ou tarefa de casa.

"As funções da lição de casa são sistematizar o aprendizado da sala de aula, preparar para novos conteúdos e aprofundar os conhecimentos", explica Luciana Fevorini, coordenadora de ensino fundamental II do Colégio Equipe, em São Paulo. "Analisando os exercícios que os alunos resolvem sozinhos em casa, o professor pode descobrir quais são as dúvidas de cada um e trabalhar novamente os pontos em que eles apresentam mais dificuldades."

"O grande desafio do professor é fazer com que o aluno consiga atribuir significado à lição de casa", diz Eliane Palermo Romano, coordenadora pedagógica da Escola Comunitária de Campinas. "O aluno precisa perceber a função das tarefas para que compreenda sua importância", reitera Cleuza Vilas Boas Bourgogne, diretora pedagógica da Escola Móbile, de São Paulo.

Leia os tópicos e tire suas dúvidas sobre a lição de casa.

Fonte: Educar para crescer

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Benedito Lacerda

Benedito Lacerda, instrumentista, compositor e regente, nasceu em Macaé/RJ, em 14/3/1903, e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 16/2/1958. Aos oito anos de idade começou a aprender flauta de ouvido. Iniciou as atividades musicais, em sua cidade natal, como integrante da banda Nova Aurora.

Aos 17 anos transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro e passou a tomar lições de flauta com Belarmino de Sousa, pai do compositor Ciro de Sousa. Filho da lavadeira Dona Lousada, Benedito sempre foi muito ágil em suas questões.

No Rio, EM 1920 - residiu no Estácio, famoso por seus sambistas e batuqueiros. Estudou também no I.N.M., diplomando-se em flauta e composição. Para garantir o sustento, em 1922 ingressou na Polícia Militar, onde podia também continuar sua atividade musical, participando, de 1923 a 1925, da banda do batalhão.

Une sua vivência em bandas de música no interior do estado (pelo menos dez anos) ao convívio com músicos da capital, principalmente os chorões e sambistas do Estácio. Em pouco tempo no posto de flautista da corporação passa numa prova em primeiro lugar para flautista de primeira classe ao tocar toda a parte de flauta do "Guarany" de Carlos Gomes.

Por esse tempo estudou flauta no Instituto Nacional de Música com Belarmino de Sousa, pai do compositor Ciro de Sousa. Benedito ficou cinco anos na carreira militar, e, em 1927 pediu baixa e mergulhou música popular.

Em 1928 foi tocar com o grupo regional Boêmios da Cidade, acompanhando Josephine Baker, tocando em cinemas, orquestras de teatros, dancings, cabarets. Atuou também como saxofonista em algumas orquestras de Jazz.

Em 1929 integrou um grupo regional, os Boêmios da Cidade, com o qual foi a São Paulo SP chegando a se apresentar com Josephine Baker. No mesmo ano, com o advento do cinema falado, passou a tocar em grupos de choro, como flautista, e em orquestras de Jazz, como saxofonista.

Como não concordasse com a maneira de as orquestras de Jazz executarem a música brasileira, resolveu organizar um grupo de músicos que acompanhassem com fidelidade o ritmo brasileiro.

Criado no início da década de 1930, incluía, além dele próprio, Canhoto, Russo do Pandeiro, Macrino, Bernardo e Doidinho. Foi o compositor Sinhô quem batizou o conjunto de Gente do Morro, depois de ouvir sua interpretação em disco Brunswick dos sambas No Sarguero (com Ildefonso Norat) e Dá nele (Sinhô), pelo desempenho da percussão, com breques e batuques, e pelos seus ponteios de flauta.

Nesse conjunto, famoso pelas invenções harmônicas que fazia com o samba, atuava como regente, além de executar solos e cantar. Como cantor, gravou sete composições pela Brunswick, com o Gente do Morro. Além do acompanhamento de diversos cantores, o grupo fez gravações, não só na Brunswick, como também na Columbia e na Parlophon.

Em 1930, Gente do Morro lançou um disco, pela Brunswick, que incluía Tem agüinha (J. Machado), interpretada por ele, e A nega sumiu (de sua autoria), em dupla com Sílvio Caldas. Ao findar os anos vinte e iniciar a década de 1930 Benedito Lacerda organizou um grupo com ritmos brasileiros, batizado de Gente do Morro.

O "Gente do Morro" caracterizava-se pelos efeitos de percussão, convensões espertíssimas e solos de flauta. O grupo durou pouco e fez uma viagem á Campos acompanhando Noel Rosa.

Pouco tempo depois, o grupo se desfez, para ressurgir transformado no famoso Conjunto Regional de Benedito Lacerda, caracterizado não mais pela percussão, mas pelos efeitos das instrumentos de sopro e de corda.

Em sua primeira formação, era integrado por ele (flauta e líder), Gorgulho (Jaci Pereira) (violão), Ney Orestes (violão), Canhoto (Valdiro Frederico Tramontano) (cavaquinho) e Russo do Pandeiro (pandeiro).

Depois de sofrer algumas mudanças, como a substituição
de Gorgulho por Carlos Lentine, a partir de 1937 o grupo se estabilizou com ele próprio na flauta, Dino e Meira nos violões, e Popeye no pandeiro.

Com essa formação atuou até 1950, quando se retirou e Canhoto assumiu sua direção, transformando-o no Regional da Canhoto.

O Conjunto Regional de Benedito Lacerda, novamente chamado Boêmios da Cidade quando gravava em gravadoras das quais não era exclusivo, acompanhou grandes intérpretes, entre os quais Francisco Alves, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Carmen Miranda e muitos outros.

Em 1933, ingressou na Casa de Caboclo, fundada por Duque. Além de grande instrumentista, foi compositor de sambas, valsas, marchas e choros. Compôs no Carnaval, para o Clube Tenentes do Diabo, ao qual pertencia, a marcha Vai haver o diabo (com Gastão Viana), que se tornou uma espécie de hino de um novo grupo que se formou no clube e que tinha o mesmo nome da música.

Ainda em 1933, venceu um concurso do jornal A Noite, com a composição junina Briguei com São João, ganhando como prêmio uma flauta de prata, que sempre conservou consigo.

Também na década de 1930, com a ascensão do rádio no Rio de Janeiro, apresentou-se em quase todas as emissoras que surgiam, entre elas a Rádio Guanabara e a Rádio Philips, e na Rádio Tupi, onde atuou durante alguns anos.

Em 1934 compôs com Jorge Faraj a valsa Lela, iniciando com o compositor uma fértil parceria. Em 1936, ao lado de Francisco Alves e Carmen Miranda, participou dos espetáculos de inauguração da Radio El Mundo, de Buenos Aires, Argentina.

Um dos maiores sucessos do Carnaval de 1935 foi sua marcha Eva querida (com Luís Vassalo), gravada por Mário Reis. No ano seguinte, obteve êxito igual com a marcha Querido Adão (com Osvaldo Santiago), gravada por Carmen Miranda.

No Carnaval de 1939, em parceria com Humberto Porto, compôs mais um sucesso, a marcha Jardineira, que, gravada por Orlando Silva, levantou polêmicas em relação a sua semelhança com uma composição do início do século.

Paralelamente às suas atividades de compositor, continuava sua atuação como instrumentista e líder. Por volta de 1940, na época áurea dos cassinos, apresentou-se com seu regional no Cassino da Urca e no Cassino Copacabana.

Nessa época, como flautista e ao lado de Pixinguinha no saxofone, gravou, com acompanhamento de seu regional, uma série de choros, cuja parceria, segundo consta, teria sido dada, na sua maioria, por Pixinguinha, pela divulgação que vinha fazendo de sua obra.

Entre os choros gravados na Victor (na época, dirigida por ele), destacam-se Naquele tempo, Sofres porque queres, Proezas de Sólon, Só para moer, Canhoto, Descendo a serra e Um a zero.

Com Pixinguinha, excursionou por todo o Brasil, criando uma nova maneira de tocar, com a flauta fazendo a primeira voz e o sax a segunda, em contraponto; e perpetuou uma série de gravações antológicas em parceria de flauta e sax com Pixinguinha, privilegiando o repertório de choro.

Por conta do trabalho que a dupla empreendeu em cerca de 40 gravações mais as edições de músicas e lançamentos de álbuns de partituras Benedito fez com que a hipoteca da casa de Pixinguinha fosse paga e salvou o mestre de ser despejado.

Em sinal de gratidão e por motivos de contrato, São Pixinguinha transformou Bené em parceiro de pérolas como: "Sofres por que queres", "Naquele tempo" e "Um a zero" (esta feita muito antes por ocasião do gol de Friedenreich no Campeonato de Futebol Sul-Americano de 1919).

Ainda em 1940, em parceria com Aldo Cabral, com quem fez outras músicas, compôs Despedida de Mangueira, samba que fez grande sucesso no Carnaval, gravado por Francisco Alves.

Nesse mesmo ano, venceu o concurso carnavalesco promovido pela prefeitura, com a marcha Lero-lero (com Eratóstenes Frazão ), gravada por Orlando Silva.

Em 1942 foi um dos fundadores da UBC. Em 1944 foi novamente vitorioso no concurso do Carnaval, dessa vez nos gêneros marcha, com Verão no Havaí (com Haroldo Lobo), gravada por Francisco Alves, e samba, com Ninguém ensaiou (com Haroldo Lobo), gravado por Araci de Almeida.

Venceu ainda o concurso da prefeitura carioca em 1946 com a marchinha Espanhola (com Haroldo Lobo).

Em 1948, o samba Falta um zero no meu ordenado (com Ary Barroso) foi grande sucesso na interpretação de Francisco Alves. Em 1947 transferiu-se para a SBACEM, da qual foi eleito presidente em 1948 e reeleito em 1951.

Em 1950, Francisco Alves gravou seu samba A Lapa (com Herivelto Martins), que foi muito cantado no Carnaval. Sua última marcha de sucesso foi Acho-te uma graça (com Haroldo Lobo e Carvalhinho), que, lançada pelo animador e cantor César de Alencar no Carnaval de 1952, foi premiada pela prefeitura.

Mas o que importa é destacar os arranjos e contrapontos executados pela dupla, que revolucionaram a instrumentação brasileira e influenciaram até hoje os novos talentos musicais.

Foi compositor de carnaval premiado e pela atuação como fundador da União Brasileira de Compositores (UBC) e dirigente da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM). Morreu no Rio de Janeiro, vítima de câncer de pulmão, antes de completar 55 anos.


Jardineira
Oh! jardineira, por que estás tão triste?
Mas o que foi que te aconteceu?
- Foi a camélia que caiu do galho,
Deu dois suspiros e depois morreu.

Vem jardineira! Vem meu amor!
Não fique triste que este mundo é todo teu.
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu ......



Fonte: Letras.com.br

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quem é Chiquinha Gonzaga?

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro, 17/10/1847 - 28/02/1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira.

Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca "Ô abre alas" (1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.

"Ô abre alas" é a composição mais conhecida de Chiquinha, e aquela de maior sucesso.

A canção foi feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, citado na letra. O sucesso é considerado a primeira marcha carnavalesca da históra.

Ô Abre Alas
Ô Abre Alas,
Que eu quero passar (2 X)

Eu sou da Lira,
Não posso negar (2 X)

Ô Abre Alas,
Que eu quero passar (2 X)

Rosas de Ouro é quem vai ganhar (2 X)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Carnaval

A possível origem da criação do Carnaval, apontada por historiadores, fala de uma celebração grega da fertilidade e da colheita, às margens do Nilo, há seis mil anos. Essa festa teria sido “importada” para a Europa e adaptada. No Brasil, o Carnaval foi trazido pelos portugueses em 1723 - e apresentado com o nome de Entrudo - quando famílias ricas brincavam em casa e os mais pobres e escravos (que eram alforriados no Carnaval) iam brincar fantasiados pelas ruas. O Carnaval se incorporou à cultura brasileira, tornando-se um costume local, uma das festas folclóricas do país.

As escolas de samba, como vemos atualmente, em desfiles, surgiram em 1928 e o primeiro desfile, como conhecemos hoje nos sambódromos, aconteceu em 1929. Mas além dos famosos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, que também acontecem em cidades como Manaus e Florianópolis, o Carnaval brasileiro é comemorado de várias maneiras diferentes:
- Há festas com músicas regionais, como o frevo em Olinda;
- Blocos de rua;
- Bailes;
- E trios elétricos, como os shows que acontecem em Salvador, onde quase não se ouve samba no Carnaval.

Fonte: Portal Pitágoras de Educação

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Neuropsicologia e neurofisiologia do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade e impulsividade (TDAH)

O TDAH é um dos transtornos mentais mais estudados em psiquiatria. As primeiras descrições remontam ao século XIX; desde então o TDAH já recebeu inúmeras denominações, tais como “dano cerebral mínimo”, “disfunção cerebral mínima” e “hiperatividade”.

Somente em 1980, com a publicação do DSM III pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), o termo “transtorno de déficit de atenção” foi utilizado pela primeira vez para caracterizar o quadro. O termo híbrido “hiperatividade”, metamorfoseado do termo grego “hipercinese” atingiu ampla divulgação nos meios médico e laico, a partir da década de 70. Até a publicação da revisão da DSM-III em 1987 não havia um número significativo de publicações que sustentassem a ideia que o TDAH pudesse ocorrer sem hiperatividade, algo mais característico de crianças e, em menor grau, de
adolescentes com o transtorno.

No período de 1987 até 1994, quando foi publicada a DSM-IV, um grande número de estudos documentou o fato de o TDAH ocorrer com e sem hiperatividade clinicamente significativa, tendo sido documentada a existência da forma adulta do transtorno.

A prevalência do TDAH e estimada entre 3 e 7% para as crianças em idade escolar e em 4.4% para a população adulta dos EUA.

Meninos têm três vezes maior probabilidade de apresentar o transtorno do que as meninas.

Embora com o passar do tempo muitos adultos obtenham remissão sindrômica (os sintomas não permitem mais o diagnóstico), apenas 30% atingem remissão sintomática (os sintomas não atingem o limiar subclínico) e 10% atingem remissão funcional (os sintomas não atingem um limiar subclínico e há recuperação completado comprometimento funcional anterior). Esses dados apontam o curso potencialmente crônico do transtorno e a manutenção de níveis elevados de comprometimento funcional na vida adulta.

Quando se comparam os dados de prevalência, perfil de comorbidade, genética e eficácia de tratamento medicamentoso, provenientes de estudos no Brasil e em países desenvolvidos, os resultados sugerem claramente que o TDAH não e um construto cultural. As alterações neurobiológicas descritas no TDAH, incluindo os padrões de transmissão genética e os achados sem estudos neuropsicológicos e de neuroimagem, são semelhantes em amostras crianças, adolescentes e adultos em diversos países com enormes diferenças socioeconômicas e culturais.

Diferentes estudos de famílias, de adoção e de gêmeos indicam que o TDAH é um transtorno fortemente herdado, sendo seu índice de herdabilidade bastante elevado (0,76). O TDAH é um transtorno multifatorial, no qual vários genes, todos com pequeno tamanho de efeito, causam o transtorno, na presença de fatores ambientais adversos. Varias alterações estruturais e funcionais já foram identificadas em crianças, adolescentes e adultos com TDAH utilizando técnicas avançadas de ressonância magnética, como imagem pelo tensor da difusão (DTI), volumetria e espessura cortical,
espectroscopia e ressonância magnética funcional.

Malgrado os exames de neuroimagem não serem necessários para o diagnóstico clínico (a semelhança de outros transtornos neuropsiquiátricos), eles fornecem um número significativo de informações
que permitem entender melhor a fisiopatologia do transtorno. Num recente estudo de revisão do nosso grupo de pesquisa em TDAH, as regiões com maior número de anormalidades são:

a) o esplênio do corpo caloso;
b) o giro do cíngulo;
c) o núcleo caudado;
d) o cerebelo;
e) o estriado;
f) o córtex frontal;
g) o córtex temporal.

As regiões encefálicas onde as anormalidades são observadas em estudos de tensor de difusão, volumetria, espectroscopia e espessura cortical são as mesmas envolvidas descritas em estudos com ressonância magnética funcional.

Uma das teorias em maior evidência é a de que os sintomas do TDAH estão relacionados as disfunções executivas. De fato, disfunções na circuitaria pré-frontal medial, amplamente documentadas em estudos de neuroimagem se associam à dificuldades no controle de impulsos e na autorregulação do comportamento. As funções executivas compreendem uma classe de atividades
altamente sofisticadas, centrais para o autocontrole, que estão relacionadas a capacidade de uma pessoa de se engajar em comportamentos orientados a realização de ações voluntarias, autônomas, auto-organizadas e orientadas para objetivos específicos. Déficits relacionados as funções executivas ao quadro sintomático característico do TDAH: desorganização, esquecimentos, dificuldades com planejamento (ou falhassem antecipar futuros acontecimentos), dificuldade com o manejo do tempo, impulsividade na tomada de decisões e incapacidade de interromper uma atividade já e mandamento para privilegiar outras atividades mais importantes ou urgentes.


Fonte: Revista Med D'Or Ano X - 2011 - nº 1 - pg 20

Paulo Mattos - Doutor em Psiquiatria (UFRJ), Professor Associado da UFRJ, Coordenador do GEDA – Grupo de Estudos do Déficit de Atenção do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, Coordenador da Pós-graduação em Neurociências do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Como planejar os estudos?

Se no ano passado você ficou pendurado na escola, cheio de dificuldades e com o boletim mais vermelho que a bandeira da China, calma! O começo do ano letivo está aí para te dar a chance de fazer tudo certo dessa vez. E "certo" não significa se matar de estudar.
Mantenha o cinema no final de semana e nem pense em diminuir as horas de sono. Isso mesmo: um bom estudo não requer noites em claro nem renúncia à diversão. Ao contrário. Boas noites de sono e tempo para o lazer são fundamentais para se manter a disposição para estudar, conforme pesquisas conduzidas pelo cientista Robert Stickgold, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
Mas, então, qual é a formula mágica para não acabar o ano com a corda no pescoço? Não tem mistério: basta elaborar um bom roteiro de suas atividades e respeitar esse planejamento.

O primeiro passo é admitir que no passado faltou vontade de aprender. Isso porque o desejo sincero de estar ali estudando interfere decisivamente na concentração que se tem. É o que faz diferença, por exemplo, quando você percebe que não estava prestando a menor atenção em alguma leitura, embora esteja efetivamente lendo frase após frase. "O sucesso nos estudos depende da disposição para a tarefa", diz a psicóloga Adriana Machado, do Serviço de Psicologia Educacional da Universidade de São Paulo (USP).

"Só quando você está ligado no que está fazendo é que o seu cérebro capta adequadamente os estímulos externos, sejam eles a fala de seu professor ou algo escrito", afirma o neurologista Fernando Coronetti Gomes da Rocha, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. "O interesse e o desejo de prestar atenção no assunto promovem uma ativação cerebral em níveis que permitem a memorização", diz.

Mesmo depois de estar concentrado na realização da tarefa, ainda há diversas maneiras de se tornar mais produtivo. Uma delas é estabelecer prioridades para a mente. O maior desafio de um estudante, a prova de vestibular, pode ser vencida mais facilmente com algumas atitudes, como olhar primeiro a prova inteira e realizar os exercícios mais fáceis antes de responder ao resto. "A melhor maneira é encarar uma prova como um jogo de pega-varetas, em que você tira primeiro as peças que não oferecem risco", compara o professor Sezar Sasson, do Anglo Vestibulares, de São Paulo.

Confira um roteiro para colocar sua vida escolar nos eixos!

COMO ORGANIZAR UM PLANO DE ESTUDOS
Se estudar de forma organizada nunca fez parte de sua rotina, acompanhe as dicas do psicólogo Sérgio Goldenberg, professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Fonte: Educar para crescer

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os ossos de Frederico, o Grande

Amante das guerras, Frederico, o Grande, também ganhou o respeito
e a estima dos intelectuais da época em que viveu
Foto: Getty Images
Frederico, o Grande, rei da Prússia entre 1740 a 1786, apesar de ter sido um homem amante de guerras, fazendo fama como grande estrategista nos campos de batalha - um dos maiores da história da Europa -, admirado por Napoleão e por tantos outros chefes militares, também ganhou o respeito e a estima dos intelectuais da época.

Amante do espírito e das armas, quis fazer do seu reino um centro de inteligência e de bom gosto. Seus súditos admiravam sua sabedoria e seu bom humor, coletando diligentemente tudo o que ele dissesse, fosse durante uma batalha ou no convívio com os sábios.

Foi o rei mais amado da história da Alemanha moderna e grandes celebrações marcaram os 300 anos do seu nascimento (1712) no último dia 24, em Potsdam, com milhares de visitantes se deslocando para ver o palácio de Sans-Souci, sua morada preferida.

"Meu povo e eu chegamos a um acordo satisfatório para ambos. O povo pode dizer o que lhe agrada; eu faço o que me apetece."

Frederico, o Grande, rei da Prússia
No asilo de proscritos
Nos princípios de 1945, um furgão do exército alemão removeu os ataúdes com os restos mortais dos reis Frederico Guilherme I e de seu filho, Frederico II, o Grande, que se encontravam na Garnisonskirche, em Potsdam, nas proximidades de Berlim. Ambos foram transladados em meio a um dilúvio de bombas que desancavam sobre a Alemanha naqueles tempos sombrios. Depositaram-nos por primeiro na Elisabethskirche em Marburg e, em setembro de 1952, foram novamente deslocados para o Burg Hohenzollern, nos Alpes Suábios, onde descansaram numa capela - definida pelo biógrafo de Frederico, o francês Pierre Gaxote, como um "asilo de proscritos".

É curioso que um dos maiores capitães-de-guerra da história tenha começado a carreira protagonizando uma desabalada fuga do campo de batalha. Coroado aos 28 anos, em 1740, Frederico II, aproveitando-se das confusões dinásticas que ocorriam na Casa d'Áustria, seu poderoso vizinho, abocanhou-lhe a Silésia. Numa operação relâmpago, seus soldados se assenhoraram da região quase sem encontrar resistência. Apenas em Mollwitz os austríacos lhe opuseram suas armas. Foi o que bastou para que o jovem soberano desandasse numa cômica disparada para trás das suas linhas, só tomando conhecimento do ridículo à noite, quando lhe informaram que o velho marechal von Schwerin havia posto os inimigos em debandada. Foi a última vez que recuou em toda sua longa vida.

Entre o trono e o cenáculo
Frederico teve uma infância infeliz. Seu pai, o "rei-sargento", um disciplinador terrível, não lhe poupava a vara. Quando ele atingiu dezoito anos, foi envolvido num rumoroso escândalo sexual com um jovem oficial que o levou a uma tentativa de deserção que quase lhe custou a vida. O pai, um rematado sádico, obrigou-o a assistir ao fuzilamento do seu desastrado parceiro, o tenente von Katte. Lição que jamais esqueceu.
Graças à excelência dos seus preceptores, consagrou-se ao estudo de tudo que fosse francês. Em pouco tempo dominava a prosa e cometia versos naquele idioma, fazendo com que, desde então, só se falasse o alemão, como ele disse, "pour gourmander ses domestiques et commander ses troupes", isto é, apenas para dar ordens aos criados e soldados.

Em 1736, tornou-se assíduo correspondente de Voltaire, conhecido como rei do espírito pela Europa inteira, a quem enviou seu ensaio Antimaquiavel, publicado a primeira vez em Haia. Anos depois, convidou o grande iluminista para fazer parte do seleto estado-maior de sábios que se reuniam no cenáculo de Potsdam, perto de Berlim, mantido por ele. Qualquer cientista, poeta ou escritor que se visse perseguido na sua pátria podia ter certeza que o rei da Prússia lhe garantiria um abrigo. Para seu maior conforto, e deles também, determinou que o arquiteto oficial do reino, von Knobelsdorf, erguesse, entre 1745-1747, junto ao palácio, uma pequena joia no estilo rococó: o Palácio de Sanssouci, que ele apelidou de Maison de Plaisance, a Casa dos Prazeres. Lá conviveram o naturalista Maupertuis, o doutor La Mettrie, o italiano Algarotti e o jovem poeta Baculard d'Arnau, além de Voltaire, a quem convenceu a melhorar-lhe os poemas enquanto ambos trocavam versos amigáveis que denunciavam o fascínio mútuo.

Simpático aos iluministas
Para agradar aos espíritos reformistas da época e à indignação de Beccaria, foi o primeiro monarca europeu a abolir a prática da tortura que até então acompanhava os inquéritos policiais, como também sustentou uma então desconhecida tolerância para com a liberdade de expressão dos seus súditos. Em pouco tempo adjetivaram-no como der Grosse, o Grande.

Mas esses liberalismos todos não evitavam que, tal como seu pai, distribuísse, com afinco, bastonadas e chicotadas corretivas nos recrutas prussianos. Frederico tinha com seus regimentos cuidados que lembram o de uma solteirona meticulosa. Pobre daquele que se lhe apresentasse com uma dragona deslocada ou a bota suja de pó. Sua avareza, detalhismo e intromissão tornaram-se proverbiais. Era ele, de próprio punho, quem determinava o lugar exato que um estrangeiro deveria ocupar para assistir a uma das incontáveis paradas militares que promovia pela avenida Unter den Linden, em Berlim, onde ele, como o seu pai fizera, gostava de ver desfilar suas impecáveis tropas.

A máquina de guerra
Rei da região do Brandenburgo, definida por Macaulay como "estéril e pantanosa", tratou de projetar seu país como potência continental, fazendo com que o seu exército, os famosos infantes prussianos, fosse um verdadeiro aríete para derrubar as muralhas dos vizinhos. Da mesma forma que os ingleses trataram de equipar-se com máquinas e carvão para executar sua revolução industrial, Frederico utilizou-se de pólvora e de soldados para criar uma poderosa engrenagem de guerra, que fez a fama dele e dos prussianos na terrível Guerra dos 7 anos (1756-1763), quando enfrentou a França, a Áustria e a Rússia simultaneamente.
Nessa situação adversa é que o gênio de Frederico atingiu a plenitude. Enfrentou seus inimigos em Leuthen, Rossbach e Torgau e venceu-os em todas batalhas. Napoleão estudou-o com afinco e considerava Leuthen uma verdadeira obra-prima de estratégia militar*. Um dos seus ditos favoritos era que seus soldados "deviam temer mais o seu sargento do que o inimigo".

Apesar das muitas guerras por que fez a Prússia passar, o alte Fritz, o velho Fritz, como carinhosamente o chamavam, forjou a legenda do rei-filósofo e de grande amigo das artes. No dia do aniversário da sua morte, ocorrida em 17 de agosto de 1786, as autoridades da Alemanha reunificada aguardaram suas cinzas para serem novamente depositadas na tumba original, onde, por fim, descansam em paz - e de onde todos esperam que elas não se prestem no futuro para anacrônicas demonstrações de exaltação patriótica.
(*) Quando Napoleão ocupou Berlim após a batalha de Yena, em 1806, fez uma visita à tumba de Frederico acompanhado por seu estado-maior. Voltando-se para seus oficiais, disse-lhes: "Senhores, se este que aqui jaz estivesse vivo, dificilmente estaríamos aqui".


Fonte: Terra Educação

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aluno CNSD aprovado em Cinema de Animação e Artes Digitais na UFMG

BOA NOTÍCIA
ALUNO do Colégio Nossa Senhora das Dores desde 2009, Brenner Pacelli de Castro foi classificado em 15º lugar no vestibular de Cinema de Animação e Artes Digitais, na UFMG. De olho na carreira cada vez mais promissora, o jovem começa os estudos com tudo. Parabéns para ele e toda a equipe do CNSD, que comprova mais uma vez a competência da educação dominicana.

Fonte: Jornal da Manhã

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Volta às aulas

- O quê? Já!
Diz o adolescente

- Obaaaaaaaa!
Diz a criança sapeca
Com vontade de encontrar
os coleguinhas.

- Ai meu Deus!
- Será que vou ser bem recebido,
- Será que os professores são legais,
- Será? Será...
Diz o novato ou a novata.

Lá vem a professora com cara de praia
Lá vem o professor todo risonho
Animado, batendo nas costas dos colegas.

Estamos de volta às aulas
Nos corredores, euforia
Conversa entre pais,
Risadas de mães,
Crianças felizes,
Adolescentes se reencontram
Que festa é essa?
É a escola – espaço de encontros
De encantos
De ensaios
De brincadeiras
De aprendizagem
De interações
De conhecimentos.

É isso aí!


Por Eliana Prata - Coordenadora do Ensino Fundamental 1 CNSD

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Volta às aulas sem crise

A ansiedade costuma ser o maior obstáculo na volta às aulas.
Aprenda a lidar com ela!

É muito comum crianças e adolescentes terem dificuldades para entrar no ritmo escolar após passar as longas férias de verão distante do ambiente escolar, seja em casa ou viajando. Mas saiba que, mais do que possível, é muito importante que seu filho comece o ano bem motivado.

O primeiro passo é tranquilizá-lo, já que um novo ano costuma ser a causa de muita ansiedade. "Os amigos serão os mesmos? E se forem novos colegas, eles vão gostar de mim? Quem serão os novos professores? Será que vou gostar das matérias da nova série?". Essas e outras perguntas estão na cabeça da molecada quando chega a hora de voltar para a escola.

Cabe também a você, como pai, se avaliar. "Será que não sou eu mesmo a causa de grande parte da ansiedade de meu filho?". Muitas vezes não acreditamos que na escola nosso filho terá a mesma atenção e carinho que recebe em casa. Tente se tranquilizar. "A escola é o melhor lugar para seu filho estar. Lá, ele conquista independência e autonomia", garante a pedagoga Rita Arruda, da Escola Árvore da Vida, em São Paulo.

Confira nove dicas que você pode aproveitar para o seu filho voltar às aulas com gás total!


Fonte: Educar para crescer