quinta-feira, 11 de abril de 2013

A importância da História em Quadrinhos







Histórias desenvolvidas pelos alunos dos 5ºs anos do Ensino Fundamental

terça-feira, 9 de abril de 2013

"Sala 1881"

Igor andava pelo hotel, sem rumo. As férias com seus avós estavam entediantes. Anoitecia, seus avós estavam em um baile no “Salão Diamante” do hotel, então, Igor resolveu dormir. Estava cansado de perambular, optou por utilizar o elevador, afinal, ninguém iria subir pelas escadas até o 18º andar. O operador do elevador sorriu para ele: “para onde garoto?”. Igor apontou para o número 18. Estava cansado demais, até para falar, tudo que ele queria era esparramar-se na cama.

A viagem de elevador foi excessivamente longa, o operador despediu-se alegremente de Igor, só para ser ignorado novamente pela curiosa figura de cabelos ruivos e encaracolados. O operador se perguntou o que um garoto fazia perambulando pelo prédio tão tarde da noite. Mas não pensou muito nisso, já que a figura desapareceu rapidamente no escuro do corredor.

“Quinta porta à esquerda”, Igor fazia grande esforço para não esquecer qual a porta do quarto deles, ele não gostaria de ficar em um corredor escuro como aquele. Ele pensava em várias coisas: “o que será que aconteceu com as luzes?”, “será que vou lembrar qual a porta?”, “Estou com medo”. A cabeça da pequena figura fervia com pensamentos, às vezes, dos mais tenebrosos. Igor acertou a porta, nunca havia se sentido tão aliviado em sua vida, então ele jogou-se na cama e dormiu.

Os avós de Igor se divertiam no baile, totalmente dedicado aos anos 60, sentiam-se jovens de novo. Neto, avô de Igor, no entanto, expressava severa preocupação com a velocidade da dança de Eva, a avó de Igor, mas logo também aderiu ao ritmo animado das músicas. Tão imersos na diversão, nem notaram o pequeno blackout que o hotel todo sofreu. Mas Igor notou.

Igor tinha um segredo: ele dormia com luz acesa e, na menor mudança, acordou inquieto. A energia não voltará no quarto dele, agora completamente às escuras, iluminado somente pela fria luz vinda da janela. Até a lua havia se escondido atrás das pesadas nuvens que estavam no céu àquela noite. Ele sentiu um desejo de continuar na cama e ficar lá encolhido. Mas o desejo sumiu quando um surdo “baque” veio de dentro do banheiro. Igor então não pensou duas vezes, correu descalço para a porta para sair, novamente, no tenebroso corredor.

O corredor parecia mais longo do que nunca, da janela no final dele, um súbito clarão de um relâmpago surgiu. Igor, que andava vagarosamente pelo corredor com todo cuidado, reparou que agora, ouvia vários “baques”, quase inaudíveis, abafados pelo grosso carpete do corredor. Ele sentia um terror inexplicável dentro dele. Queria correr, mas as pernas se recusavam e mantinham a lenta marcha para a única porta com luz.

À medida que Igor avançava pelo corredor, completamente escuro e, ocasionalmente, iluminado pelos raios, via o número nas portas, 1824, 1823, 1822... Ele sabia que o número da porta dele era 1832, cada corredor tinha 35 quartos, o dele era exatamente perto do fim do corredor, fazendo-o parecer ainda mais longo. Os ocasionais “baques” que perseguiam Igor diminuíam e aumentavam espaçadamente. Algumas vezes, ficavam muito próximos fazendo o garoto se desesperar, mas nunca sair de sua lenta marcha ao longo do enorme corredor. Ele podia ver que o número na porta iluminada era apagado, era possível ver somente os dois primeiros dígitos, 1 e 8. Mesmo assim, o garoto não hesitou e entrou.

A porta o levou às escadas. Ele fechou a porta para garantir que qualquer coisa que estivesse o seguindo ficasse do outro lado. Estranhamente, as luzes da escada estavam acesas, somente para encorajar o garoto a descer. No décimo degrau, as luzes se apagaram, a única coisa que o garoto pode ouvir foi o barulho da porta abrindo lentamente atrás dele. Dessa vez as pernas não se recusaram a correr. Igor descia as escadas mas elas nunca terminavam. Ele podia sentir a criatura em sem encalço. Ele viu uma placa inútil, já que ele a ignorou.

Após descer o que pareciam, ao invés de 18 andares, 50 andares, as escadas finalmente acabaram, em outro corredor, sem os exuberantes quadros e luminárias como o corredor de seu quarto. Ao contrário, era um corredor que parecia abandonado. Igor sabia que não era boa ideia adentrar em tal lugar. Mas ele ainda ouvia agora, em alto e bom som, os passos da criatura que o perseguia incansavelmente.

Ele voou pelo corredor, sentia um frio e viscoso líquido correr por entre seus pés, mas ignorou. Corria, não olhava para trás. O medo havia invadido sua mente de um tal modo que é impossível descrever. A mais primitiva das emoções humanas havia dominado Igor completamente. Ele podia perceber que agora o intervalo entre os passos da criatura eram pequenos, ela estava perseguindo Igor implacavelmente. Mas a dúvida do garoto era: “O que é isso?”. Quando ele se fez esse questionamento, uma porta surgiu à sua frente. Encravados nela, estavam os números 1881. Igor hesitou e foi algo de que se arrependeu.

O garoto pequeno sabia que havia algo mais escrito na porta porém as letras ainda eram um mistério a decifrar para ele, tinha apenas seis anos e não sabia ler muito bem. Não havia tempo para pensar, os passos se aproximavam, o líquido brotava por debaixo da porta. Igor a empurrou com todas suas forças. A porta cedeu por completo, no chão, totalmente encharcado pelo líquido que agora Igor havia identificado - sangue.

Igor adentrou lentamente na sala, inundada, o sangue alcançava seus tornozelos. Ele podia ouvir agora, uma constante respiração, ao mesmo tempo próxima e longe dele!.. Por um momento, Igor pensou que ali seria o fim de sua curta vida, não havia saída. A criatura se aproximava. A sala se inundava cada vez mais, as paredes sangravam. Ele não conseguia mais se mover, algo prendia seus pés, exatamente no centro da sala 1881. Havia um espelho, por ele Igor conseguia ver a porta fechada.

Através do espelho Igor assistiu seu fim. A porta, lentamente, abriu-se revelando a criatura que, na verdade, era seu avô. Ele tinha um brilho vermelho sinistro nos olhos e segurava um facão. Igor gritou desesperado e viu pelo espelho a faca lentamente atravessar seu corpo, jorrando ainda mais sangue na sala. Lentamente, caiu no chão e dissolveu-se no sangue lá presente.

Até hoje, não encontraram Arnaldo Peregrino Neto, o avô de Igor. Essa história foi baseada no relato do Operador do elevador, José Paiva Filho, que ficou curioso ao ver o garoto andando pelo corredor, e o seguiu. Apesar de José afirmar ter visto Arnaldo matar Igor, ele é o suspeito número um do crime. Após os relatos da “Sala do sangue, 1881” fizemos uma pesquisa sobre José e descobrimos que ele é esquizofrênico. O julgamento será na semana que vem, mas provavelmente ele será absolvido e internado a força num centro psiquiátrico.

Passados anos e anos desde o incidente, esse caso permanece um mistério. Vários dos melhores investigadores tentaram resolvê-lo no entanto, nenhum deles chegou tão perto da verdade quanto Inspetor Dante. Ele foi o único com coragem o suficiente de se aventurar nos corredores do Hotel, que fora abandonado depois do incidente. Ele desapareceu durante a investigação no hotel, mas deixou seu legado. Ele gravou toda investigação.

As partes compreensíveis da gravação dizem: “Eu refiz o caminho de Igor. Posso sentir que algo está atrás de mim todavia, quando me viro, não há nada além de minha sombra.” Há um corte intencional de 10 minutos, e então a voz do Inspetor volta a sair do gravador: “Estou agora no corredor que leva a sala 1881. Está estranhamente escuro, mesmo com minha lanterna. Posso ver o líquido vermelho saindo das portas, assim como José disse. Não sinto mais uma “entidade” atrás de mim, mas agora ela está na frente. Ah meu deus”. Nesse ponto a gravação é interrompida por um chiado tornando os últimos minutos quase inteligíveis. A perícia conseguiu detectar, em parte, a última mensagem do inspetor: “Vejo o reflexo no espelho (o inspetor começa a respirar ruidosamente), não sou eu... é o Igor... (inspetor grita) Arnaldo está vindo! Arnaldo está vindo! Socorro!” A fita acaba num ruído macabro, como se fosse um riso. Os policiais do recinto assombraram-se com a gravação de Dante. O processo, depois de passados anos, foi arquivado – falta de provas. Curiosamente, a seção de arquivos é a 18, e o número da pasta 81.


Por Nathan Silva Rodrigues - aluno do 9º ano "A"

segunda-feira, 8 de abril de 2013

"Não há eu sem você"

Para que vieste
na minha janela
meter o nariz?
Quero chorar porque te amei demais
Quero morrer porque me deste a vida
Então...
De manhã escureço
De dia tardeço
De tarde anoiteço
E as borboletas
Brancas
Azuis
Amarelas e
Pretas
Fazem lembrar de você
As belas borboletas
Assim como viver
Sem ter o amor
Não há você sem mim
Eu não existo sem você.


Poema produzido pelos alunas Giovanna Pimentel, Silvio Rosa, Ágatha, Letícia e Rafaela durante a "Oficina de Leitura" sob a coordenação da Professora Rita Lacerda.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

"Amor"

Meu amor me desculpe por demorar
Juro por Deus
Por céu e mar, eu andei
Mas, enfim depois de tanto tempo
Erros passados
Muitos encontros e desencontros

O meu amor é um sentimento
Que a vida não explica
Que só se vai ao ver
O outro nascer
É o espelho de minha alma multiplica

Meu amor é carinho
É o espinho que nao se vê em cada flor
É a vida quando
chega sangrando
aberta em pétalas de amor.

Poema produzido pelos alunos Matheus e Rodolfo durante a "Oficina de Leitura" sob a coordenação da Professora Rita Lacerda.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

"O amor"

Por céus e mares eu andei
Vi um poema e vi um rei
Há esperança de saber
O que é o amor
O amor é como
uma gota de chuva
Há mais, e o ventre grávido
Partiu fragilmente sequiosa do espaço
Em busca de luz
É claro que a vida é boa
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
O amor não se compra
e nem se vende
O amor mexe com o sentimento
pois ele é triste e feliz ao mesmo tempo.

Poema produzido pelos alunos Valescka Jardim, Victória Arantes, Karoline Oliveira e Sabrina Lima durante a "Oficina de Leitura" sob a coordenação da Professora Rita Lacerda.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

"Passa tempo"

De manhã, escureço
Oh, que escuridão!
À tarde, anoiteço
À noite, acordo

Passa tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora

Eu já sintho a noite se inclinar
Já perdi toda a alegria
Dia noite
Noite dia

Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço...

Poema produzido pelos alunos Ana Paula, Lívia, João G., Mell e Miguel durante a "Oficina de Leitura" sob a coordenação da Professora Rita Lacerda.

terça-feira, 2 de abril de 2013

"A razão de amar"

Quando a luz dos olhos teus
E a luz dos olhos meus
Resolvem se encontrar

Com os olhos que contém um olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo

Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E de não sofrer mais
Nunca mais

E quando você morrer
Chorarei para sempre
Por não estar ao seu lado.

Poema produzido pelos alunos durante a "Oficina de Leitura" sob a coordenação da Professora Rita Lacerda.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

"A dor do amor"

Quanta tristeza
Há nesta vida
No teu triste olhar
É melhor você nada contar.

Amar é sentir saudade
Amar é felicidade
Fala meu amor, ou melhor
Cala-se meu amor.

Amar é triste
O que é que existe?
Quanta tristeza, que
há nesta vida!

Vejo tanta tristeza em teu olhar
cansado assim
Vejo tanta dor
Mas, esse amor nunca terá fim.


Poema produzido pelos alunos Júlia Felix, Ian Vilas Boas, Arthur Feliciano e Laura Pegorari durante a "Oficina de Leitura" sob a coordenação da Professora Rita Lacerda.

Neste domingo (7), Missa em Louvor à Ressurreição de Cristo