quinta-feira, 28 de março de 2019

"Nocividade à vida"

No livro Capitães de Areia, o escritor Jorge Amado retrata um grupo de garotos que vivem nas ruas e abusam do uso de drogas, o que acaba gerando consequências negativas para estes meninos. De maneira semelhante, atualmente, no Brasil, o número de jovens drogados aumentou notoriamente devido aos desafios de encontrar caminhos de combate às drogas e à carência de políticas públicas direcionadas a esse problema, seja pela falta de senso crítico dos brasileiros, seja pela influência do meio social.

Diante dessa problemática, é indubitável que o envolvimento com as drogas está relacionado com a falta de formação crítica da população. Segundo o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Assim, o indivíduo que é exposto às drogas sem ter recebido previamente uma orientação sobre o assunto e sem ter desenvolvido o pensamento crítico necessário torna-se muito mais vulnerável a esse problema. Portanto, conforme o exposto pelo filósofo, um dos caminhos de combate às drogas é a adesão de projetos de prevenção nas escolas.

Ademais, é visto que o ambiente em que a pessoa está inserida é um fator preponderante para transformar-se em usuário. De acordo com o sociólogo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar e agir e que é transmitida entre a população. De forma análoga, quando o indivíduo está em contato com uma esfera social em que a conduta geral é de uso dessas substâncias, essa pessoa tende a reproduzir essa ação graças ao fato social incrustado no meio em que ele está. Dessa maneira, é fato que, no Brasil, não há programas governamentais que visem minimizar a forma de comportamento corrente nessas comunidades.

Sendo assim, é necessário que o Governo implante, nas escolas, políticas públicas que desenvolvam a criticidade da população em relação às drogas. Tal ação deve ocorrer por meio de palestras com psicólogos e aulas interativas e lúdicas, em Biologia, que mostrem aos alunos as consequências do uso de entorpecentes, para que, então, o número de usuários diminua consideravelmente. Somente assim, o indivíduo ideal de Kant destruirá o fato social vigente.




Geovana de Paula Pereira

3ª série "A" - Ensino Médio

Texto redigido sob orientação da Professora Drª Priscila Toneli

quinta-feira, 21 de março de 2019

"Compreensão da história para o entendimento do futuro"

De acordo com o pensador chinês Confúcio, "se queres prever o futuro, estuda o passado". Nesse contexto, é possível destacar que a história é parte intrínseca da identidade cultural de um povo ou de um país. Através dela, dá-se a compreensão das diferentes sociedades e formas de política antigas e atuais e, apesar de sua suma importância, tem sofrido descaso público. Dessa forma, afirma-se que a conservação do passado é essencial para o futuro nacional, porém não é devidamente valorizada em virtude da negligência governamental e da sociedade.

Em primeira análise, é evidente que o Estado deixa os tratos com a questão histórica a desejar. Nessa circunstância, o Artigo 23 da Constituição Federal institui o dever de proteger documentos de valor histórico e proporcionar acesso à cultura e à educação, o que não é cumprido. Não há por parte estatal um incentivo ao estudo histórico-cultural e nem o cuidado com a manutenção de órgãos que contribuem para com essa área, sendo as tragédias dos incêndios no Museu da Língua Portuguesa e no Museu Nacional exemplos claros da falta de amparo governamental. Logo, é evidente a necessidade de uma melhor gerência pública nessa área.

Em segunda análise, a própria sociedade também é culpada pelo desapreço em relação à história nacional. Muitas vezes não há interesse em compreender as raízes do país por vangloriar demasiadamente o estrangeiro. Nessa conjuntura, o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre afirma que a busca pela identidade nacional é uma necessidade e que essa identidade pode ser perdida se não for utilizada. Assim, quando a cultura nacional é deixada em segundo plano, não há como depreender os caminhos atuais e futuros do panorama sociopolítico brasileiro.

Diante dos fatos supracitados, medidas são necessárias para a valorização do passado. Por meio da atuação do Ministério da Educação e da Cultura, o Governo deve incentivar visitas em museus e centros históricos, mantendo essas localidades frequentadas e bem conservadas, promovendo palestras que explorem o conhecimento histórico. Já a sociedade deve engajar no estudo do passado brasileiro, no intuito de não deixar a trajetória nacional ser esquecida para que, por meio dela, haja a interpretação do presente e a compreensão do futuro.





Júlia Alves de Souza Moreira

3ª série "A" - Ensino Médio

Texto redigido sob orientação da Professora Drª Priscila Toneli