quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"O espírito de ser humano e humanizar no Natal"

Em todo o Mundo e em todo mundo, o Natal se instala como uma pequena semente que cai na terra, germinada de dentro pra fora, uma terra até então inválida e sem vida, divergindo, porém, os demandantes clichês natalinos, mostrando que a verdade é que o mundo não se torna um lugar melhor no natal e que as pessoas não mudam e se policiam diante de tal data. O mundo continua o mesmo.

O que muda, porém, é a visão dos demais quanto a todo e qualquer acontecimento. Da mesma forma que o caos e a maldade continuam, os atos de bondade também. No Natal, no entanto, as pessoas do mundo todo tendem a estarem mais dispostas a enxergar e divulgar os atos de bondade, glorificando-os e purificando-os, como se nunca tivessem existido, como se fosse o Natal que, milagrosamente, os implantara ali.

A verdade é que, desde os tempos de Jesus, o homem, como um todo, é tão bom quanto mal, e cabe a ele decidir qual lado seguir. Mas - Deus! - somos bons! O Natal apenas abre nossos olhos diante dessa verdade. Ainda resta, mesmo com tantos assassinatos, terrorismos, corrupções e roubos, um pouco de humanidade em nós. Ainda resta humanidade suficiente para humanizar.

Certa vez, ouvi um parente dizer: “é nessa época que nos tornamos humanos”. Lembro-me, então, de pensar que ai de nós sermos humanos apenas no Natal. Em pouquíssimo tempo, não sobraria ninguém para ser humano, destruiríamos uns aos outros, destruindo qualquer possibilidade de amor ou vida, destruindo também, o Natal.

Devemos ser Natal todo dia e toda hora. Natal no espírito e nas ações. Devemos ser Natal para vermos que ainda há chances, que a bondade não sumiu e que a esperança ainda existe em algum lugar entre a doação de um abraço a alguém em sofrimento e da serenidade de um trabalho voluntário, porque, ao ver que a esperança ainda luta para sobreviver diante do caos do mundo em que construímos pouco a pouco, ela consegue nos construir, nos moldar mais humanos, prontos para humanizar.

O Natal é a celebração do nascimento de Jesus que nos mostrou a humanidade dentro de cada um. É a vastidão de esperança diante a um único nascimento. É a paz que veio com essa esperança. Mas não é só uma data. É o ano inteiro, é cada momento que não nos deixa sucumbir ao medo ou ao desespero. O Natal é a chance que precisávamos para agir. Agir como ser humano, humanizando tudo o que estiver ao alcance, e subir escadas, prédios e montanhas para alcançar o que não estava em nossa mão um pouco antes, arriscando-se por um bem, muito, muito maior, que atingirá todo mundo e todo o Mundo.



Texto escrito pela aluna Luiza Aparecida Chaves Ranuzzi - 1ª série "A". 

Professora responsável: Profª Drª Priscila Marques Toneli

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

“Ele trocou a morte imediata por uma morte provável”

Todos eles trocaram uma morte imediata por uma morte provável. Tati Bernardi ao escrever a frase que nomeia esse texto foi mais do que feliz, referindo-se a todos os lutadores, que lutam contra seu superior, contra uma política, contra a natureza e contra a vida, referindo-se a todos que não aceitam nem baixam a cabeça diante do sofrimento, diante da injustiça. Tudo, logo após a imagem de um menininho afogado ser divulgada ao tentar entrar em outro país.

A dor, o sofrimento e o medo estão se infiltrando no coração das pessoas e corrompendo-as, rasgando-as da mesma forma que se rasga o papel, quebrando-as da mesma forma que se quebra o vidro e modelando-as como se faz com argila. E cada pessoa lida com a dor e o medo e o sofrimento de uma forma diferente, porque, inevitavelmente, alguns corações são mais fortes que outros e são esses que lutam para serem bons, enquanto que outros apenas se deixam levar pela facilidade da alternativa. Esses, então, escolhem pregar uma política destruidora, ou pregar uma palavra que designa ser de um Deus que apenas quis pregar o amor.

O ser humano perdeu a capacidade de discernimento, junto com a capacidade de amar. Perdeu a liberdade de expressão e a liberdade de viver. Se você está na rua, você está com medo; se está em casa, está com medo; se está em outro país então...

 Devemos nos erguer e dizer que “já basta”. Já basta de tanto medo e já basta de tanto sangue (inocente) derramado. Basta de terroristas que nomeiam suas atrocidades como palavras vindas de seu Deus. Basta de violência contra o próximo, porque ele não convém aos seus estereótipos. Chega de injustiça. E esse chega serve a nós mesmos. Todos somos terroristas, mesmo que dentro de nós mesmos, julgar o outro é parte humana e parte cultural.

 Não nos impuseram o terrorismo ou o preconceito, nós mesmos os criamos e cabe a nós acabar com eles.



Texto escrito pela aluna Luiza Aparecida Chaves Ranuzzi - 1ª série "A". 

Professora responsável: Profª Drª Priscila Marques Toneli

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"O uso do celular na sala de aula: prejudica ou acrescenta?"

A tecnologia está cada vez mais presente no mundo contemporâneo e é comum entre todos ou pelo menos entre a grande maioria dos jovens, que tem algum aparelho eletrônico como celulares e tablets. A polêmica começa quando esses aparelhos entram para as salas de aulas e o que se discute é se o aluno deve ou não ser proibido de usá-los.

 É óbvio, o celular facilita a vida de todos e que atire a primeira pedra quem nunca olhou uma lousa cheia de coisas e desejou que aquilo se copiasse sozinho. O celular faz isso, ele “copia” a lousa e deixa aquilo guardado nas mãos dos jovens. Apesar de muitos alunos não olharem nem a metade das fotos tiradas, isso também acontece com os cadernos, muitos copiam, fecham o caderno e nunca mais o abrem.

Não se deve esquecer também que o uso de celulares nas aulas tanto beneficia quanto atrapalha. É fato que facilita e acrescenta, já que o aluno terá uma forma a mais para estudar e relembrar o conteúdo da aula, mas vale ressaltar que pode prejudicar, e isso já foi confirmado por pesquisas que apontaram que a escrita é melhor para fixar conteúdo.

Tendo em vista tudo isso, a questão de proibição da utilização do celular para fotografar a lousa, por exemplo, é algo muito relativo, uma vez que as opiniões de cada escola divergem. Alguns acreditam que, se o uso do celular para fotografar a lousa for por opção do aluno que se sente mais confortável com isso, não é um problema. Por outro lado, alguns acreditam que o celular é sim um problema e deve ser proibido já que ficou comprovado pelos pesquisadores norte-americanos que a escrita ajuda no melhor processamento da matéria.

Não se pode negar que a sociedade está em rede e as escolas não podem colocar um muro. O jeito é conciliar o uso de tecnologia com o ensino, permitindo que os alunos utilizem de forma consciente e adequada o celular somente quando for contribuir ou mesmo facilitar a aprendizagem, uma vez que os jovens assimilam de formas diferentes o conhecimento, por isso os educadores não devem inibir esse mecanismo adotado por eles.

Texto escrito pela aluna Gabriela Manzan Alves - 1ª série "B". 

Professora responsável: Profª Dra. Priscila Marques Toneli

terça-feira, 24 de novembro de 2015

"Jovens e idosos são exemplo de uma melhor alimentação no Brasil"

Atualmente os índices de obesidade no Brasil e no mundo estão crescendo de forma acelerada graças aos fast foods, aos produtos industrializados e a má alimentação a que os brasileiros se sujeitam. Mas como jovens e idosos estão mudando essa realidade?

É fato que uma alimentação saudável muda a vida das pessoas, não relacionada apenas à saúde e ao desenvolvimento físico, mas também a capacidade de desenvolvimento intelectual, melhorando a qualidade de vida expressivamente. Aqueles que seguem uma alimentação balanceada são mais felizes do que as pessoas que estão acima do peso, essas que muitas vezes têm problemas de autoestima pelo corpo não seguir o padrão que a sociedade estipula de corpo magro e esbelto para as mulheres e para os homens os famosos “tanquinhos” e grandes músculos que são tabu.

Pode-se dizer que temos uma geração saúde que pratica esportes, frequenta academias, vai à nutricionista e tem uma alimentação saudável. Essas são pessoas que têm um físico melhor, um humor mais agradável e uma alimentação rígida que no futuro prevenirão várias doenças ligadas ao sedentarismo ou má alimentação, por não comerem frutas, verduras e legumes, dando preferência aos fast foods ricos em gorduras trans.

Vários idosos também se preocupam com a alimentação, dando preferência para alimentos naturais do que os ultraprocessados que, apesar do sabor extasiante, carregam venenos como aditivos, gorduras, óleo, sal entre outros. Essa população mais velha já vê o resultado, uma vez que acorda mais disposta, come prazerosamente, tem um raciocínio mais rápido, diminuindo os índices de doenças como Alzheimer, diabetes, câncer de mama, problemas cardiovasculares e outros.

Em síntese apesar de muitos jovens e idosos terem uma qualidade de vida boa relacionada a alimentos, muitos infelizmente não têm. Por isso cabe ao governo incentivar o consumo de alimentos saudáveis, a prática de esportes e a distribuição de guias alimentares. Já os pais devem ensinar desde cedo as crianças a darem preferência para o arroz, o feijão, a carne e a salada do que aos fast foods e levarem seus filhos a escola de esporte antes que se tornem sedentários.



Texto escrito pela aluna Stella Alli - 1ª Série "A"

Professora responsável: Priscila Toneli

sábado, 21 de novembro de 2015

terça-feira, 17 de novembro de 2015

"Mulheres brasileiras: marionetes de um machismo sangrento"

A história mostra como a mulher já foi vista sendo um ser inferior em algumas sociedades antigas. Na Grécia, por exemplo, apenas homens podiam ser considerados cidadãos da pólis. Não é preciso ir muito longe: existem países em que o voto feminino só foi permitido há algumas décadas. Já, atualmente, no Brasil, a governante é do sexo feminino, e isso mostra o quanto a mulher conquista cada vez mais seu espaço dentro da sociedade, porém apesar disso a violência contra a mulher no Brasil cresce ano após ano.

No país, entre os anos de 1980 à 2010, mais de 32 mil mulheres foram assassinadas. Esses assassinatos são frutos de uma cultura que vê a mulher como “sexo frágil”, a qual é disseminada na criação educacional dos meninos, que se tornam homens que violentam suas próprias esposas, usando-as como marionetes de um machismo sangrento, enquanto as meninas são criadas com o intuito de cuidar dos serviços domésticos e de respeitarem seus maridos, sendo futuramente peças de um quebra-cabeça ditado pela sociedade machista e que podem ser destacadas quando for de vontade do homem.

Assim, é necessário que algumas atitudes sejam tomadas para que o feminicídio seja diminuído no Brasil. O governo deve criar leis mais rigorosas (respeitando os direitos humanos), que penalizem adequadamente os indivíduos que cometem esse crime, pois o número de assassinatos não diminuiu, mesmo com a lei Maria da Penha. A família, em união com a escola, deve desmistificar a cultura do “sexo frágil” na criação das crianças, para que estas cresçam conscientes do papel da mulher na sociedade e futuramente possam viver em uma geração com igualdade de gêneros.




Texto escrito pela aluna Bruna Gabriel Miranda - 1ª série "B" 

Professora Responsável: Priscila Marques Toneli

terça-feira, 3 de novembro de 2015

"As coisas simples da vida"

Era uma bela manhã de sábado, numa cidadezinha no interior de Minas Gerais, meu pai chamou-me para ir ao varejão com ele comprar algumas frutas.

Então fomos, eu - uma jovem criança de cinco anos - em uma família normal. Compramos algumas frutas, inclusive, uma grande melancia que tinha uma cara ótima.

Almoçamos, e após o almoço, resolvemos comer a melancia sentados em um banco na área de serviço que era aberta para o quintal. Começamos a comer. E após várias brincadeiras e risadas, meu pai pediu-me que escolhesse algum lugar no quintal para ele acertar as sementes. Apenas uma saudável brincadeira, era impressionante a mira dele, acertava todas. E assim, foi uma coisa simples, nada demais até aí.

Algumas semanas depois, em uma ensolarada tarde mineira, meu pai chamou-me lá fora. Ao chegar lá, vi que ele estava limpando aquele pedaço de terra que chamávamos de quintal. Então, ele mostrou-me os ramos das melancias que estavam no chão, parecia com um cipó, porém rasteiro.

Não me esqueço da curiosidade e felicidade que senti naquele pequeno, mas tão grande momento. Após várias semanas, acompanhando o desenvolvimento das frutas, chegou o grande dia em que meu pai resolveu colher e experimentar aquelas pequenas melancias que não chegavam a um quilo.

Depois que comi aquela melancia, podia sentir o brilho que meus olhos exalavam em direção a meu pai, só sei que nenhuma melancia até hoje, passados anos, e após várias mudanças com a presença diária de meu pai em minha vida fisicamente, chega ao pés do sabor daquela pequena melancia, por maior e mais volumosa que seja, aquela foi a melhor, sem comparação.


Texto escrito pelo aluno Henrique Mendonça Imada - 9º ano "B" 

Professora responsável: Débora Lima

terça-feira, 27 de outubro de 2015

"Avatar e suas faces"

O filme “Avatar”, estreado em 2009 nos Estados Unidos e dirigido pelo cineasta James Cameron, conta a história de cientistas que tentam explorar minérios no planeta Pandora por meio da utilização de corpos híbridos parecidos com os nativos chamados de Na’vi, uma vez que o ar desse planeta é tóxico aos humanos.

Nessa superprodução, o diretor entrelaça a perspectiva humana, a sua relação com os avanços tecnológicos e cria inclusive uma língua própria para os nativos de Pandora, além de abordar o amor forte das personagens femininas e o desejo de grandeza dos humanos, características intrínsecas da obra de Cameron.

Essa linguagem, elaborada pelo linguista Paul Frommer e idealizada pelo diretor Cameron, foi chamada de Na’vi e é baseada em algumas outras línguas e dialetos já existentes, como os dialetos ficcionais elfo de “Senhor dos Anéis”, klingon de “Star Wars” e do Xhosa falado no Sul da África, além do esperanto (língua criada no século 19), o que acarretou num grande trabalho dos atores e dos dubladores para que a pronúncia se tornasse adequada e correta nas passagens do filme, dando um tom mais realista ao enredo. Por isso, relacionando todo o empenho dos criadores e o sucesso do trabalho observado no filme, a língua Na’vi é sim uma língua capaz de conquistar o público e até garantir novas ideias e trabalhos para os admiradores, como traduções e aulas, além de garantir verossimilhança à história.

Por todo esse processo de criação, o diretor de “Avatar” é considerado como um deus que envolve outras faces mais complexas, por criar e colocar em prática ideias fantásticas, árduas e inimagináveis no mundo do cinema e conseguir transmitir essas sensações para seu público alvo. Esses feitos tornam também essa história como algo extraordinário e comparável à criação do universo.

                                       


Resenha estilo UFU sobre o filme "Avatar"

Texto escrito pela aluna Karoline Martins dos Santos - 1ª Série "A"

Professora responsável: Priscila Toneli

terça-feira, 20 de outubro de 2015

"Meu presente de Natal"

Em uma charmosa manhã de natal, há oito anos, eu e meus primos abríamos os presentes que havíamos ganhado na noite anterior.

Fascinada com tantos presentes, embrulhos coloridos e pisca-piscas, eu estava absoluta e puramente feliz.

Foi quando percebi que ainda faltava um presente para desembrulhar em um papel rosa com pequenas estrelas douradas, meus olhos brilhavam de curiosidade.

Depois de travar uma longa batalha contra fitas, adesivos e enfeites, finalmente descobri o conteúdo da caixa: um fascinante par de patins roxos, exatamente como havia pedido aos meus pais. Porém, havia um pequeno empecilho, eu não fazia ideia de como me locomover em algo como aquilo, o que tornou o dia relativamente difícil.

Mesmo depois de árduas horas de treinamento com minhas tias, que mais atrapalhavam que ajudavam, ainda não tinha feito nenhum progresso.

Após observar minha dificuldade com aqueles dois "quebra-ossos" em potencial, meu primo mais velho, que sabia andar de patins, resolveu me ajudar. Com ele, recebi aulas mais eficientes do que com minhas tias e em poucos minutos já estava pronta para aproveitar meu presente, que tempos depois se tornaria o meu favorito.


Texto escrito pela aluna Marília Pereira Gomes - 9º ano "B" 

Professora responsável: Débora Lima

terça-feira, 29 de setembro de 2015

"Trabalho voluntário remunerado"

A definição de voluntário é aquele que dedica seu tempo, sem remuneração, às atividades que promovam o bem estar social. Seja em forma de doações ou visitando hospitais, asilos e creches, o voluntariado é uma ação transformadora que, mesmo não cumprindo o principal objetivo do mundo capitalista, que é o lucro, contribui para que o ser humano seja capaz de fazer algo pelos outros e não somente por ele mesmo.

Desde o início do século XX até meados da década de 80, o cenário mundial foi marcado por inúmeras guerras que causaram uma onda de destruição por todo o mundo. Uma das sequelas derivadas desse episódio foi a globalização do caos, egocentrismo e corporativismo. Mas em meio a tanta obscuridade, alguns jovens representam a luz no fim do túnel e trabalham juntos para tornar o mundo um lugar melhor.

Entretanto, algumas empresas já estão sendo capazes de manchar a imagem de algodão bonito. Ao promoverem o trabalho voluntário como um diferencial no currículo, essas corporações fazem com que o voluntariado se torne uma obrigação que resultará em um emprego muito bem remunerado, já que quanto melhor o currículo, melhor o cargo e maior o salário, contrariando por completo todo o significado dessa ação.

Além disso, o motivo principal da inserção do voluntariado no currículo e dos projetos sociais realizados pelas corporações capitalistas é o marketing. É muito melhor para a imagem de uma empresa ter um alto número de empregados que são, ou já foram, voluntários e realizar projetos de transformação social do que não fazer nada. Sendo assim, a imagem transmitida para os jovens é de que mesmo sendo voluntários, eles serão remunerados mais tarde.

Por anos, o trabalho voluntário foi algo esquecido, realizado apenas por aqueles que realmente gostavam. E quando finalmente parecia estar ocorrendo uma mudança, o mundo capitalista foi capaz de estragar. É fato que o voluntariado promove uma mudança, uma série de repercussões positivas, mas a intenção por trás dele pode não ser de apenas ajudar o próximo, é esperar que a remuneração venha mais tarde na forma de um cheque. Portanto, como se não bastasse todas as outras destruições, a avareza do homem foi capaz de destruir algo que surgiu para torná-lo melhor.


Texto escrito pela aluna Anna Victória de Araújo - 3ª Série "A" 

 Professora responsável: Débora Lima

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

"Reduzir a maioridade reduzirá a violência?"

A maioridade penal define a idade a partir da qual o cidadão responde pela violação da lei na condição de adulto. O indivíduo é reconhecido como adulto consciente das consequências pessoais e públicas. O artigo 228 da Constituição Brasileira define que menores de dezoito anos são penalmente imputáveis.

Deve-se ser posto em questão o fato de jovens ainda estarem em processo de formação, isto é, não possuem discernimento para tomar determinadas ações. Cerca de 10% dos casos gerais são cometidos por menores de idade e são, predominantemente, furtos. Ademais, que o aprisionamento de adolescente viola direitos do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE.

A responsabilidade não é inteiramente desses adolescentes. A família deve incentivar os filhos a se matricularem em aulas como dança, música, ou cursos profissionalizantes e conscientizá-los sobre os perigos das ruas. Já o governo, essencial para a modificação do nosso país, lamentavelmente, não oferece programas culturais, de lazer ou cursos gratuitos direcionados, principalmente, às famílias de baixa renda, programas capazes de retirarem esses jovens das drogas e do crime.

Com a redução da maioridade penal, os jovens irão para cadeias, juntamente com outros criminosos, e não terão acesso a atividades que os façam mudar. Além disso, outro problema surgiria a superlotação de penitenciárias que já acontece nos dias atuais.

Os jovens que cometem delitos são punidos de seis maneiras. A advertência, o reparo dos danos, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação (até três anos). Essas punições são suficientes para despertar a consciência de menores, sem que passem pela experiência de presídios.

Acredito que se deve tratar as causas, não os efeitos. Enquanto nosso país não modificar a base e livrar os jovens do mundo da criminalidade, não conseguiremos acabar com esse problema.

Texto escrito pela aluna Maria Júlia Sousa Martins - 9º ano "A"

Professora responsável: Débora Lima

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

"100 presos/cela única"

Uma grande discussão está sendo levantada no Congresso Brasileiro sobre a diminuição da maioridade penal, que agora é de dezoito anos e eles pretendem alterar para dezesseis anos. Da mesma forma que uma moeda, essa discussão possui dois lados, os que defendem dizem que, com dezesseis anos, uma pessoa já é consciente de seus atos e já pode ser presa, por outro lado, os que discordam afirmam que o problema não é a idade.

Eu discordo da lei por dois motivos principais, sendo eles, a prisão brasileira atual não educa, pune, além de grandes networks de bandidos convivendo com pessoas de dezesseis anos. Com isso, esses adolescentes são levados a matar ou cometer algum crime porque a sociedade em sua volta, geralmente, condicionam-os a isso, não por opção.

A melhor forma de resolver essa questão seria a reeducação de tais bandidos. Algumas pesquisas afirmam que a cada dez pessoas, apenas um muda as suas atitudes depois de sair da prisão, porém, os menores, ao sair da Fundação Casa têm esse índice elevado a 70%, ou seja, a cada dez presos na Febem, sete mudam de vida. Além de tais números e opiniões, sabe-se que as cadeias brasileiras estão superlotadas e, em sua maioria, é comandada por bandidos.

Texto escrito pelo aluno Mateus Henrique Rodrigues Ribeiro - 9º ano "A" 

Professora responsável: Débora Lima

terça-feira, 18 de agosto de 2015

"Os assassinos estão livres, nós não estamos"

A adolescência é um período de amadurecimento que, como toda transição, causa medo. Quase de repente, a criança torna-se adulta, e o tempo entre essas fases é cercado de conflitos internos e dúvidas e marcado por decisões definitivas como uma faculdade.

É principalmente nesse período que as atitudes tomadas são reflexos da realidade, do contexto em que se está inserido e da forma como se é tratado na família e na sociedade. E por haver essa dificuldade de distinção entre infância e fase adulta, em relação a jovens de dezesseis e dezessete anos, é que surgem temas complexos como a redução da maioridade penal.

Tendo em vista todas as dificuldades por que passam os jovens, descritas anteriormente, é fato que parte da criminalidade cometida por eles pode ser fruto do descaso do governo na educação e, em alguns casos, também se deve ao desequilíbrio da estrutura familiar.

Porém, a generalização é um grande erro uma vez que, independente da origem do problema e dos motivos que o causa, são estes crimes que assustam todo um país fazendo-o se curvar diante da violência. Portanto, é inegável que esses adolescentes devem ser duramente punidos, na exata proporção de seus erros.

Pode parecer uma faca de dois gumes, difícil de resolver, mas não é. Trata-se apenas da relação entre punir os crimes cometidos e evitar os que poderão ser praticados. Cuidar do presente e garantir o futuro. Em palavras mais objetivas: a polícia deve cumprir seu dever de manter segura a sociedade, independente de idade, e o governo garantir um futuro decente para todos, investindo em meras obrigações que são motivos da existência dele.

Texto escrito pela aluna Pauline Mingati - 3ª série "B" 

Professora responsável: Débora Lima

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

"Cadeia não educa"

As crianças, ao longo da história, adquiriram direitos que elas não só mereciam como necessitavam. Durante a revolução industrial, elas eram submetidas a condições subumanas e durante períodos de escravidão em vários países também. O estatuto da criança regulou a situação dos menores, e, de acordo com ele, um jovem de dezesseis anos ainda não é um adulto. Redução da maioridade penal é um retrocesso na legislação. De acordo com experiências em diversos países que tiveram a maioridade penal reduzida o resultado foi praticamente unânime: não houve a redução da violência. Exemplo disso foram os índices de violência agravados após a redução da maioridade penal nos Estados Unidos.

O sistema carcerário brasileiro está inchado. Há superlotação de grande parte das cadeias do Brasil e falta suporte para a reeducação desses presos. O jovem infrator entra na cadeia por um roubo e aprende com os maravilhosos exemplos que o rodeiam a matar.

Em Pesquisa Datafolha de 2014, 93% dos paulistanos apoiavam a redução da maioridade penal. Certamente, grande parte desse índice desconhece que a causa real de haver problemas com infratores é o déficit socioeducacional. Falta escola, faltam projetos para os jovens.

No Espírito Santo, um abrigo para meninos tornou-se exemplo para o país. Os trabalhadores de uma organização mobilizaram-se para fazer – de fato – a reeducação dos jovens. Nos dormitórios os jovens devem manter uma organização impecável o que ensina disciplina, e como as aulas extracurriculares têm robótica e capoeira, por exemplo, os que os profissionaliza. De acordo com a reportagem, mais de 80% dos garotos não voltaram a cometer crimes. A população brasileira precisa espalhar-se nessas situações para o problema dos criminosos infantis para diminuir de forma significante. O governo deve patrocinar esses projetos e direcionar mais verbas à educação.


Texto escrito pela aluna Rafaela Ribeiro - 3ª série "A".

Professora responsável: Débora Lima

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Oficina de Leitura: Biblioteca CNSD

"Brincando com Ruth Rocha" Projeto elaborado e desenvolvido pela Biblioteca do Colégio Nossa Senhora das Dores
Livro utilizado: Romeu e Julieta

1º Ano: Dobradura em papel (Folha de revista)


2º Ano: Ponteira de Lápis 


3º Ano: Marcador de livros






4º Ano: Prendedor de roupas para lembretes 


5º Ano: Mosaico 


"Estamos muito felizes com o projeto que realizamos. Os alunos se mostram interessados em ouvir a história e a reconstruírem na oficina utilizando materiais recicláveis. Este projeto veio ampliar um trabalho junto ao Ensino Fundamental I. Incentivamos a leitura das obras de Ruth Rocha, onde cada turma trabalhou com um livro, já a Biblioteca CNSD escolheu "Romeu e Julieta" devido a diversidade. Maria Cury e Rosângela Darlen

"Gostaria de parabenizar o trabalho realizado com os alunos na Biblioteca. Foi muito significativo! Após a leitura do livro da Ruth Rocha, "Romeu e Julieta", as crianças realizaram uma atividade, usando papel, cola colorida e a criatividade. Fizeram uma borboleta para enfeitar o lápis. Conversamos em sala de aula sobre o livro e a escritora. Foi um trabalho que enriqueceu e despertou o interesse das crianças em participar da Oficina de Leitura." Professora Karla Bomtempo
 


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

“Falar somente com Deus ou sobre Deus”

Que as palavras ditas por nossas bocas são um forte instrumento de apostolado, conversão e salvação para nós e para o próximo não há dúvida alguma. Foi também com discursos, conversas, sermões e parábolas que Cristo legou sua mensagem aos apóstolos. “É por tuas palavras que serás justificado ou condenado” (São Mateus 12,7), tamanha é a importância e o valor daquilo que pronunciamos. Assim, São Domingos de Gusmão fundou no séc. XIII a Ordem dos Pregadores destinada a propagar a fé católica, defendê-la dos ataques dos hereges e salvar almas. Para atingir esses objetivos, São Domingos deu importância especial aos estudos e à pregação, sem nunca descuidar da assídua oração, por isso “falar somente com Deus ou sobre Deus”.

Mas que importância teria essa frase para nós que vivemos séculos depois de São Domingos e nem somos dominicanos? A importância é capital, afinal ela encerra duas máximas essenciais para a vida de todo cristão: a oração e as boas conversas.

A oração para São Tomás de Aquino, consiste na elevação da alma a Deus. Aquele que reza se desprende momentaneamente de suas preocupações materiais, ambições e desejos para se fixar somente no Criador. Por isso, a oração é um “falar somente com Deus”, ela pressupõe certa concentração e respeito, ou seja, uma atenção especial na presença divina. Ao rezarmos o rosário ou conversamos amigavelmente com Deus no Santíssimo, Cristo nos ouve, garantindo-nos as graças que pedimos e necessitamos para nossa salvação eterna. Por isso, o Catecismo Romano prescreveu a absoluta necessidade da oração para a vida do católico. Pela oração glorificamos a Deus, evidenciamos nossa plena dependência em relação a Ele, reconhecemos nossa contingência  perante ao Ser necessário e o agradecemos por ser o Autor de todos os bens.

O outro ponto que a frase de São Domingos nos remete são as boas conversas, ou seja, o falar sobre Deus. Parece que se fôssemos falar somente sobre Deus em nossas conversas logo ficaríamos sem assunto. Na verdade, todas as nossas conversas podem, mesmo que indiretamente, falar sobre Deus; o ideal é que busquemos com elas sempre a agradá-lo. Ao observarmos e comentarmos com alguém, por exemplo, a alegria que um um beija-flor transmite, seu voo lépido, seu bater de asas ligeiro, a majestade com que parece pousar no ar para sugar o néctar das plantas e a pressa com que vai embora ao aproximar-se de um observador curioso, estamos remetendo nossa conversa ao Criador. Ao comentarmos os feitos dos santos, seus milagres, os fatos de suas vidas ou suas virtudes, estamos com isso glorificando a Deus, que foi tão bom ao operar maravilhas neles para que assim nos tivéssemosmos exemplos a imitar em nossas vidas. 

Vemos, com isso, um reflexo da beleza da Deus e podemos vislumbrar um pouco do Céu, pois se aqui nesta Terra Deus criou e operou tantas maravilhas, quanto mais então no Céu! E até mesmo boas conversas como um meio de lazer e repouso agradam a Deus, pois ensina São Tomás de Aquino que a alma também necessita de repouso e isso se obtém com o lazer, no qual as conversas se incluem, desde que guiadas sempre pela reta razão.

Desse modo, que a frase de São Domingos de Gusmão nos estimule a buscarmos a santidade e a perfeição também em nossas conversas com Deus e com o próximo.

Fonte: Arautos do Evangelho em Joinville